Mister Lazarus
Dying/Is an art, like everything else.
Sylvia Plath
He sits on ancestral door
from where its eyes
eat a few dreams
can’t spring
into streets of world
its weak legs
its
tired eyes
read the Job's book.
(in Literary Kicks e Pomes Penyeach)
Sentado na porta ancestral
de onde seus olhos
comem alguns sonhos
não podem saltar
nas ruas do mundo
as suas pernas fracas
seus
olhos cansados
lêem o Livro de Job.
Papéis com apontamentos de um percurso de cinquenta anos de pensamento evangélico, desde 1964. Este Blog não respeita o Acordo Ortográfico
Friday, December 28, 2007
Friday, December 21, 2007
O não ter Senhor começado uma rua
O não ter havido Senhor para ti
lugar na cidade, nas mãos
que deveriam ungir-te, até
lugar na voz que prometera
do fundo dos dias cantar-te
O não ter havido Senhor uma porta
uma casa cheia para receber-te
um espaço entre os peitos
de todas as mães, um olhar
onde morasses com ternura
O não ter Senhor começado uma rua
à espera do teu Nome
nem ainda hoje quando passas
Senhor no rosto de um homem
ou uma mulher feliz por te acolher.
Bom Natal para todos que passem por aqui!
Thursday, December 20, 2007
La poesía señores
La poesía señores
no sólo está en los libros imprimamos
en el aire
el aire és el papel más transparente
(Blas de Otero)
no sólo está en los libros imprimamos
en el aire
el aire és el papel más transparente
(Blas de Otero)
Tuesday, December 11, 2007
Ovelhas voam sobre Belém
Monday, December 03, 2007
Do livro inédito, "Princesa Triste", de Brissos Lino
BARCO À VELA
Um pequeno barco à vela
lá muito ao longe, no mar
parece que não se move
mas percebe-se a navegar.
O vento de feição curva-lhe as velas
brancas de paz
havendo ondas ou mar chão
tanto faz.
O Sol brilha no casco, também alvo
e os dois tripulantes, de tronco nu e luzidio
concentram-se nas tarefas de marinhagem
sem calor nem frio.
Mas se uma sereia levantar a voz do canto
e os atrair ao perigo
aí vou-me lembrar que tudo isto não passa
afinal
de um simples quadro a óleo
pendurado na parede
da sala
mesmo ao lado do postigo.
Praia do Vau, Agosto de 2007
Um pequeno barco à vela
lá muito ao longe, no mar
parece que não se move
mas percebe-se a navegar.
O vento de feição curva-lhe as velas
brancas de paz
havendo ondas ou mar chão
tanto faz.
O Sol brilha no casco, também alvo
e os dois tripulantes, de tronco nu e luzidio
concentram-se nas tarefas de marinhagem
sem calor nem frio.
Mas se uma sereia levantar a voz do canto
e os atrair ao perigo
aí vou-me lembrar que tudo isto não passa
afinal
de um simples quadro a óleo
pendurado na parede
da sala
mesmo ao lado do postigo.
Praia do Vau, Agosto de 2007
Saturday, December 01, 2007
Contrariando Theodor Adorno

A poesia pode iluminar a escuridão de Auschwitz
Auschwitz
Poema de Brissos Lino
Os gritos, o medo
a força da vida
nos barracões de Auschwitz
metralhadoras miram
corpos nús
homens e mulheres
velhos
crianças
quatro milhões de inocentes
no espanto da igualdade
russos, judeus e polacos
franceses e outros
metralha e “Zyclon B”
a besta nazi rumina
vinte mil mortes por dia
nas câmaras de Auschwitz
toneladas de cabelo
milhares de óculos
roupas
dentes postiços
brinquedos e chupetas
o stock ignominioso
da besta
satanás desmascarado
no carnaval carioca
da morte
…………………………………..
o céu é cinzento e húmido
…………………………………..
o céu é cinzento e húmido
hoje
em Auschwitz.
In “Salmo Presente”, IEC, Setúbal, 1996
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