Onde estavas na noite em que doía
no silencio das lágrimas perante
a cruz que se erguia desolada
Pedro onde estavas, quando só o vento
cantava baixinho entre os dedos de Maria
onde estavas Pedro, quando olhei
e vi apenas o sono nas pálpebras
daqueles que prometeram
ficar a velar nas sombras
Onde estavas? Pedro onde estás?
Aqui eu procuro-te e chamo pelo teu nome
Pedro, ou serei eu a perguntar por mim
na noite em que o galo canta.
no silencio das lágrimas perante
a cruz que se erguia desolada
Pedro onde estavas, quando só o vento
cantava baixinho entre os dedos de Maria
onde estavas Pedro, quando olhei
e vi apenas o sono nas pálpebras
daqueles que prometeram
ficar a velar nas sombras
Onde estavas? Pedro onde estás?
Aqui eu procuro-te e chamo pelo teu nome
Pedro, ou serei eu a perguntar por mim
na noite em que o galo canta.
(Clélia Mendes, 1954- )
Nota: Estavamos a conversar no Messenger e pedi à poeta que escrevesse um poema e mo enviasse para o Blog , ela escreveu no momento este e chamou-lhe «um expontâneo».
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