«Se os textos não são interrogados, permanecem mudos», era a disposição geral no dizer de teólogos liberais, como Bultmann, perante a Bíblia. E tal interrogação, far-se-ia sob as formas mais diversas, sob um denominador comum: os métodos críticos histórico e morfológico.
Freud disse certa ocasião a Papini que ensinara «aos outros a virtude da confissão e afinal nunca pude abrir inteiramente a minha alma». Os teólogos liberais confessaram-se ruidosamente nos seus escritos, porque acharam que a Bíblia Sagrada estava muda diante das contextualizações que eram precisas- do seu ponto de vista- ser feitas na modernidade do Século XX.
Muitas obras fizeram ruído nesse tempo. Mas mais do que obras de exegese, eram instrumentos para colocar em causa os textos bíblicos, para os desnudarem das suas roupas riquíssimas do que é celeste, para os despojarem da sua espiritualidade.
A chamada Alta Crítica, a despeito de pretender ser honesta, teologicamente, para com o homem, acabou por levantar a sua voz contra o Divino, porquanto procurou apenas a Literatura nas Sagradas Escrituras, interessada em detectar fontes, tipos literários, questionando autores e datas.
É verdade que nem todos os Evangelhos apresentam a vida de Cristo duma forma teológica, procurando dar uma narratividade literária, somente o de João a apresenta de modo teológico, sobretudo. Diz-se nos meios teológicos académicos que o fez para que os leitores sejam salvos. Forma e conteúdo, todavia, estão intrinseca e espiritualmente ligados, por exemplo, nos textos sagrados evangelísticos. Estruturalmente jamais aceitaríamos ler os Evangelhos se nos fossem apresentados hoje sob a forma de romance. Diga-se o mesmo das Epístolas, onde conteúdo e forma são um corpo todo inspirado e inspirador pelo fôlego do Espírito Santo.
Perante as Sagradas Escrituras, afinal perante a sua totalidade, quem deve ficar em reverente silêncio é o Homem, e se deve falar é para interrogar como o carcereiro de Filipos, porque a Palavra de Deus é que nos questiona, nos desnuda, nos aponta o Caminho.
Freud disse certa ocasião a Papini que ensinara «aos outros a virtude da confissão e afinal nunca pude abrir inteiramente a minha alma». Os teólogos liberais confessaram-se ruidosamente nos seus escritos, porque acharam que a Bíblia Sagrada estava muda diante das contextualizações que eram precisas- do seu ponto de vista- ser feitas na modernidade do Século XX.
Muitas obras fizeram ruído nesse tempo. Mas mais do que obras de exegese, eram instrumentos para colocar em causa os textos bíblicos, para os desnudarem das suas roupas riquíssimas do que é celeste, para os despojarem da sua espiritualidade.
A chamada Alta Crítica, a despeito de pretender ser honesta, teologicamente, para com o homem, acabou por levantar a sua voz contra o Divino, porquanto procurou apenas a Literatura nas Sagradas Escrituras, interessada em detectar fontes, tipos literários, questionando autores e datas.
É verdade que nem todos os Evangelhos apresentam a vida de Cristo duma forma teológica, procurando dar uma narratividade literária, somente o de João a apresenta de modo teológico, sobretudo. Diz-se nos meios teológicos académicos que o fez para que os leitores sejam salvos. Forma e conteúdo, todavia, estão intrinseca e espiritualmente ligados, por exemplo, nos textos sagrados evangelísticos. Estruturalmente jamais aceitaríamos ler os Evangelhos se nos fossem apresentados hoje sob a forma de romance. Diga-se o mesmo das Epístolas, onde conteúdo e forma são um corpo todo inspirado e inspirador pelo fôlego do Espírito Santo.
Perante as Sagradas Escrituras, afinal perante a sua totalidade, quem deve ficar em reverente silêncio é o Homem, e se deve falar é para interrogar como o carcereiro de Filipos, porque a Palavra de Deus é que nos questiona, nos desnuda, nos aponta o Caminho.
Texto publicado inicialmente in Confeitaria Cristã
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