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O Prémio Nobel da Literatura português previu ficcionalmente um facto contrário às normas da vida, a ausência da morte. Contrariamente a outras declarações suas pessimistas, estava a contradizer uma observação comum à decada de 40 do escritor argelino Albert Camus, segundo o qual «os homens morrem e não são felizes». A seu modo gosta também de elaborar uma escrita sobre absurdos. Por outro lado, parece-nos que ajudou também ao pessimismo telúrico e barroco de Miguel Torga, que cantou «Apetece morrer, mas ninguém morre», no poema Dies Irae .
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