Sunday, December 04, 2011

Crónica de um plágio


1969, no Leste Angola. Chega às minhas mãos correspondência, e uma revista que a juventude das Assembleias de Deus editava: "Caminho"( nº 16, Jul/Ago 1969). Na secção de poesia (pág 14/15), ao lado de um poema meu - "Fragmentos para o Salmo 8", deparo-me com um soneto evangélico: "Ser Crente", um chamado clássico de um dos maiores poetas clássicos baptista Mário Barreto França.

O meu espanto, está "manuscrito" no que coloquei na própria página acerca de um inconcebível plágio. O soneto vem "assinado" por um pretenso autor...  

 Este plágio provou-me 2 coisas, naquele longínquo ano de 69 em plena Guerra colonial - o desejo de notoriedade sem olhar a meios; e que é preciso sempre alguém que conheça poesia, os autores, alguma coisa da história da poética universal, para poder coordenar uma publicação, neste caso, que veicule poesia. Pelo menos, mas como se defende no minimalismo: o menos é mais.

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