Aos que me perseguem, o Senhor apaga
dos olhares felinos, o meu coração
está aberto para Ele
Meu Deus haverá remédio para mim
a minha alma já não teme o teu arco curvado
nem as setas inflamadas
começa a aprender os altíssimos louvores
na tua própria língua.
Ó Deus, o meu pecado ensurdece-me
é
no meu interior um ruído
como
a convulsão da terra, antes do sismoos meus delitos entraram na corrente sanguínea
dá-me, ó Senhor, um coração branco
renova a verdade que um dia escolheste
nos meus olhos, como a neve nos ramos
das
árvores, embranquece
os
meus ossos humilhadose os lábios
desenharão
palavras de alegria.
A dureza dos montes começa nos meus olhos
para quem tem sublimes alparcas de voar
por isso fecho os olhos e os lanço
fora da órbita do mundo
para ti, Senhor, que fizeste o azul
onde puseste esta raíz dos homens
que é a terra
não haverá queda porque teus passos
são os mesmos do Senhor, diz
a voz que extingue dentro de mim
os medos que o Sol e a Lua
costumam esconder.
do livro “Falando entre vós com Salmos” (inédito)
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