Foto: The New York Times
No dia do Senhor, como um cristão comum, o Papa teve necessidade de se lamentar, afirmando mais perante os homens visíveis e os Media que do Deus invisível, «profunda tristeza» não por ter ofendido os muçulmanos, mas pela reacção destes ao seu discurso de professor. A atitude de Bento XVI, respondeu assim, no Vaticano, às críticas exacerbadas do Islão acerca das suas declarações do passado dia 12 na Aula Magna da Universidade de Regensburg. Com efeito, neste domingo o Papa germânico afirmou estar «profundamente triste» pela reacção encolerizada contra as suas recentes observações sobre o Islão, as quais vieram de um texto Medieval obscuro do imperador de Bizâncio e não representam a sua opinião pessoal.
A cadeia ABC News, ao referir-se às causas e efeitos que abalaram Vaticano e o Papa, neste final de semana, publicou declarações de um analista da militância islâmica egípcio, segundo as quais «as observações do Papa são mais perigosas do que os cartoons, porque vieram da mais importante autoridade do Cristianismo no mundo, ao contrário dos desenhos que vieram de um artista.»
Por isto, a homília dominical de Ratzinger ( do ponto de vista filosófico-religioso é impossível desunir Bento XVI de Joseph Ratzinger), começou por afirmar que ao mesmo tempo que se sentia grato pela experiência espiritual, pessoal e pastoral, vivida na Baviera, desejava acrescentar que estava profundamente triste pelas reacções ocorridas em alguns países por algumas palavras que dirigiu ao auditório da Universidade de Regensburg, as quais foram consideradas ofensivas da sensibilidade dos Muçulmanos.
A verdade é que ao citar esse obscuro texto da Idade Média caracterizou alguns ensinamentos do fundador do Islão, Maomé, como « maldade e desumanos». Com certeza, referia-se à Jihad e isso levantou uma torrente de raiva e de violentos protestos, como aqueles que se seguiram à publicação das caricaturas do Profeta. Joseph Ratzinger inflamou paixões e agravou os medos de uma nova onda de reacções anti-Ocidentais por parte dos muçulmanos. Teve razão? Esqueceu-se de ser Papa e falou o filósofo da Congregação para a Doutrina da Fé? Seja o que for que se responda, não se pode fugir da realidade objectiva do que vem escrito no Corão. E só a partir daí se pode sublinhar ou não as substantivações de «mal» ou «desumanidade» de alguns pontos fundamentais do Corão.
Com feito, na Sura 9, que trata de atitudes perante os «idólatras», está explicitamente escrito: « Matai os idólatras, onde quer que os encontreis e fazei-os prisioneiros e sitiai-os e ponde-vos à espera deles em todo o lugar de emboscada» e «combatei aqueles de entre o povo do livro(os judeus e cristãos) que não creem em Alá.»( 5 e 29).
Seja como for, este Papa tem a tendência para fazer declarações que fazem estremecer alicerces dentro da sua própria Igreja. Em 28 de Maio passado, em Auschwitz, Bento XVI ou Ratzinger(?), dando a impressão de não ter respostas para o extermínio dos judeus, perguntou «Onde estava Deus naqueles dias? Porque ficou Deus silencioso? Como pode Deus permitir este infindável massacre, este triunfo do mal?»
A forma retórica mais do que o conteúdo das perguntas, o que elas visavam numa orientação vertical, do mais profundo ao mais alto do pensamento humano sobre o Holocausto, correram mundo e houve quem pensasse que o alegado representante de Cristo na Terra estava a atirar para Deus as culpas da Shoah judaica do século XX.
A cadeia ABC News, ao referir-se às causas e efeitos que abalaram Vaticano e o Papa, neste final de semana, publicou declarações de um analista da militância islâmica egípcio, segundo as quais «as observações do Papa são mais perigosas do que os cartoons, porque vieram da mais importante autoridade do Cristianismo no mundo, ao contrário dos desenhos que vieram de um artista.»
Por isto, a homília dominical de Ratzinger ( do ponto de vista filosófico-religioso é impossível desunir Bento XVI de Joseph Ratzinger), começou por afirmar que ao mesmo tempo que se sentia grato pela experiência espiritual, pessoal e pastoral, vivida na Baviera, desejava acrescentar que estava profundamente triste pelas reacções ocorridas em alguns países por algumas palavras que dirigiu ao auditório da Universidade de Regensburg, as quais foram consideradas ofensivas da sensibilidade dos Muçulmanos.
A verdade é que ao citar esse obscuro texto da Idade Média caracterizou alguns ensinamentos do fundador do Islão, Maomé, como « maldade e desumanos». Com certeza, referia-se à Jihad e isso levantou uma torrente de raiva e de violentos protestos, como aqueles que se seguiram à publicação das caricaturas do Profeta. Joseph Ratzinger inflamou paixões e agravou os medos de uma nova onda de reacções anti-Ocidentais por parte dos muçulmanos. Teve razão? Esqueceu-se de ser Papa e falou o filósofo da Congregação para a Doutrina da Fé? Seja o que for que se responda, não se pode fugir da realidade objectiva do que vem escrito no Corão. E só a partir daí se pode sublinhar ou não as substantivações de «mal» ou «desumanidade» de alguns pontos fundamentais do Corão.
Com feito, na Sura 9, que trata de atitudes perante os «idólatras», está explicitamente escrito: « Matai os idólatras, onde quer que os encontreis e fazei-os prisioneiros e sitiai-os e ponde-vos à espera deles em todo o lugar de emboscada» e «combatei aqueles de entre o povo do livro(os judeus e cristãos) que não creem em Alá.»( 5 e 29).
Seja como for, este Papa tem a tendência para fazer declarações que fazem estremecer alicerces dentro da sua própria Igreja. Em 28 de Maio passado, em Auschwitz, Bento XVI ou Ratzinger(?), dando a impressão de não ter respostas para o extermínio dos judeus, perguntou «Onde estava Deus naqueles dias? Porque ficou Deus silencioso? Como pode Deus permitir este infindável massacre, este triunfo do mal?»
A forma retórica mais do que o conteúdo das perguntas, o que elas visavam numa orientação vertical, do mais profundo ao mais alto do pensamento humano sobre o Holocausto, correram mundo e houve quem pensasse que o alegado representante de Cristo na Terra estava a atirar para Deus as culpas da Shoah judaica do século XX.
1 comment:
Parece-me mais que este papa é a pessoa errada no local errado e que se esquece da figura que deve representar para todos os católicos
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