Jesus, Nazareno, três dias morto
Entre lençóis com os aromas
Do seu corpo reúne o ar
A mirra e o aloés
Sua alma desceu ao fundo
Dos velhos mortos, esqueceu
O grito da multidão
E milhares de olhos judeus
Esqueceu as mãos inúteis de Pilatos
Cobrindo-se de água inútil
Três dias morto
Até ao romper da pedra da manhã
Apenas o silêncio
Dentro do seu coração
Um corpo apenas fechado em sossego
1 comment:
Ainda não conhecia este seu blog, gostei muito.Belíssimos poemas, como sempre.
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