Wednesday, January 31, 2007

Os genes de Deus

O referendo do dia 11 de Fevereiro é fundamentalmente para introduzir uma alteração no Código Penal, dizem eminentes juristas.
Diz-se, na campanha que agora abriu para o Não e para o Sim, que se trata de despenalizar, ou diz-se que se trata, dada a formulação da pergunta, de liberalizar, de tornar o aborto livre até às 10 semanas. Esta é, do nosso ponto de vista, a grande verdade que ultrapassa o próprio Não e desmascara o Sim.
Por isso, o referendo do dia 11 é também para alterar os nossos valores judaico-cristãos e a nossa postura ética perante a Vida.
Uns chamam ao embrião Vida Humana, o bébé que a ecografia já mostra naquele «referendável» número de semanas. Outros, como a inefável e desinspirada escritora Lidia Jorge, chamam-lhe essa coisa humana. Podemos, perante tantas palavras, chamar-lhe os Genes de Deus. É irrefutavelmente contra estes que está quem queira liberalizar o aborto sem quaisquer causas in limite, que a legislação em vigor já consagra desde 1983.

Do ponto de vista teológico o homem foi criado à imagem e conforme a semelhança de Deus e cada concepção terá sempre essa marca divina.
O homem possui vida proveniente de Deus e nisto está a sua indiscutível dignidade.
Por esta razão, no plano biológico e filosófico, não se estranha que a bioética se tenha vindo a dedicar a investigações segundo as quais se propõe a relação entre o ADN e a espiritualidade no ser humano. Ou seja, que a propensão para a religião de cada pessoa depende da sua constituição genética. É este o conteúdo que uma obra saída em Espanha este mês vem colocar como sendo do maior interesse, o livro é El gene de Dios e o seu autor o microbiólogo de prestígio Dean Hamer.
Como criacionistas bíblicos temos que admitir que em cada ser humano existem os genes de Deus.
A revista Time de 25\10\04 publicou um dossier sobre a matéria, intitulando-a como The God Genes. Este assunto de capa que a revista editou, vinha do seguimento ao livro do biólogo molecular Hamer, que saira nesse mesmo ano nos Estados Unidos.
A questão resumia-se em saber se os seres humanos estão geneticamente preparados para crêr em Deus. Ou como o autor perguntava na capa do seu livro: «Como é que a Fé está programada nos nossos genes?» Apontava assim uma base genética para a espiritualidade humana.
No livro bíblico do Eclesiastes, 3, 11, lemos:«Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem». Os cientistas da genética não discordam no século XXI em substituir a frase de Eclesiastes «coração do homem» por «genes do homem». Parece que a pesquisa está agora em descobrir-se esses genes.De qualquer modo, o aborto (ou interrupção voluntária da gravidez) (legalizado ou clandestino, liberalizado ou com os limites plausíveis consignados na legislação) está contra os genes de Deus.

Monday, January 29, 2007

O Livro da Fundação de Tudo


A Bíblia Sagrada enquanto Obra do Verbo divino é colocada, não poucas vezes no estricto senso cultural, ao lado de obras fundadoras como as de Homero ou Sófocles, Dante ou Shakespeare. Pelo menos na opinião de Harold Bloom no «Cânone Ocidental»
Tratar-se-á de uma mera aproximação, porque o que é paradigmático e paradigma sagrado não é comparável.
Sem dúvida que é uma das fontes do conhecimento antigo e moderno da Humanidade. Mas a sua superioridade e carácter único sobrelevam a tudo o que literariamente se conhece nas áreas da historiografia, antropologia, ciências socias, legislação, poesia, prosa epistolar, etc.
O problema da percepção espiritual do texto bíblico, mesmo do narrativo-histórico como o dos Actos, por exemplo, está colocado na leitura ao mesmo nível da percepção histórica ou da contextualização dos factos do mesmo texto sagrado, e como exemplo temos, sem dúvida, a célebre pergunta de Filipe ao Eunuco: «Entendes tu o que lês?»
Não temos que ter a veleidade de exigir que as variadas literaturas universais estejam em perfeita e total consonância com a Bíblia Sagrada no seu conteúdo doutrinário sobre Deus e Homem. A Palavra Divina aponta o caminho para a humanidade e para a sua relação com o divino, circunscreve os problemas do ser humano, apresenta a Solução espiritual para a alma humana. As literaturas universais a seu modo, colocam problemas, de um ponto de vista universal, e não soluções no seu campo de acção ficcional e discursivo. No entanto, ocorre-nos a justeza do pensamento de Jean Guitton, escritor e filósofo católico francês, «Deus não teme os opositores, teme os indiferentes.»
Um cristão evangélico consciente da sua Fé e da forma da mesma, preferirá sem dúvida Jean-Paul Sartre a Paulo Coelho, para usar seguramente dois pesos e duas medidas do ponto de vista literário.
A investigação das Escrituras Sagradas foi e continua a ser uma influência para tradições artísticas, filosóficas, estéticas e da própria narrativa literária mais tardia.

Thursday, January 18, 2007

O Grito, de Edvard Munch

O GRITO

Um grito escondido
deforma os nossos ouvidos


THE SCREAM OF MUNCH

A hidden scream
deformed our ears

in Poets.org e Literary Kicks (publicado nesta revista com destaque, foi posteriormente retirado(?)pelos editores)

Tuesday, January 02, 2007