Monday, March 03, 2008

Do Paraíso para nenhuma direcção

Miguel Ângelo, Expulsão do Paraíso( 1509/1510)

Do Paraíso para nenhuma direcção
sem casa
traziam nos olhos
as árvores do Éden
Uma saudade do disco lunar
que é a seda da noite
e a derme marítima
que fica de olhar o mar
e o coração húmido das lágrimas
e uma tristeza aquosa
ao fundo dos olhos na água
das origens, ancestral.
4-11-2007

1 comment:

Anonymous said...

Achei muito interessante esse poema,que reflete a causa punitiva aos nossos primeiros pais pelos desacertos,por conta da desobediência (o pecado)que resultou na expulsão do seu habitar... "o paraiso" Gostei!

Laerço dos Santos

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