Mas faz sentido questionar uma tradição teológica cristã tão firmemente estabelecida desde Agostinho? A meu ver não só faz sentido discutir o pressuposto, como entendo que deve mesmo ser discutido, por imperativo teológico, para o aprofundamento da fé, por algumas razões que podemos considerar suficientemente relevantes.
(Continua)
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Nas Escrituras Gregas Cristãs há duas palavras comumente traduzidas por “conhecimento”, gnó‧sis e e‧pí‧gno‧sis. Ambas são aparentadas com o verbo gi‧nó‧sko, que significa “conhecer; saber; entender; perceber”. O modo em que este verbo é usado na Bíblia, porém, mostra que pode indicar uma relação favorável entre a pessoa e aquele a quem “conhece”. (1Co 8:3; 2Ti 2:19) O conhecimento (gnó‧sis) é colocado numa luz bem favorável nas Escrituras Gregas Cristãs. No entanto, nem tudo aquilo que os homens possam chamar de “conhecimento” deve ser buscado, porque existem filosofias e conceitos que são um “falsamente chamado ‘conhecimento’”. (1Ti 6:20) O conhecimento recomendado é sobre Deus e seus propósitos. (2Pe 1:5) Este envolve mais do que apenas conhecer os fatos, que muitos ateus conhecem; subentende uma devoção pessoal a Deus e a Cristo. (Jo 17:3; 6:68, 69) Ao passo que o conhecimento (apenas a informação) poderia produzir um sentimento de superioridade, nosso conhecimento do “amor do Cristo, que ultrapassa o conhecimento”, isto é, conhecer este amor por experiência, porque pessoalmente imitamos os seus modos amorosos, equilibrará e dará direção sadia ao nosso uso de qualquer informação que tenhamos obtido. — Ef 3:19. o modo como a Tradução do Novo Mundo verte esta palavra visa destacar ao máximo o seu significado. O sentido básico de gi•nó•sko é “conhecer”, mas essa palavra grega tem várias nuanças de sentido. Observe as seguintes definições:
“GINŌSKŌ (γινώσκω) significa estar assimilando conhecimento, chegar a conhecer, reconhecer, entender ou entender completamente.” (Expository Dictionary of New Testament Words, de W. E. Vine) Portanto, traduzir gi•nó•sko por ‘absorver conhecimento’ não é ‘mudar a Bíblia’, segundo dizem os que criticam a Tradução do Novo Mundo. Num estudo sobre as várias nuanças de sentido dessa palavra, o renomado lexicógrafo James Hope Moulton declara: “O presente simples, γινώσκειν, é contínuo, ou seja, ‘estar absorvendo conhecimento’.” — A Grammar of New Testament Greek.
Espero que tenha bom senso e abalize melhor seus estudos.
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