Restos de sono na cara
restos de noite nas pálpebras
e de sonho por detrás delas
as olheiras são pequenas bolsas
de canguru
que carregam desgostos
os sulcos do rosto cansado
fazem velho o acordado
de olhos raiados
e hálito vicioso
há manhãs inconvenientes que
batem
com força
antes do tempo.
(Brissos Lino)
in A Ovelha Perdida
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