
para os abismos cinzentos
dos corações.
Montavam sobre cavalos de energia,
sob as asas
monólitos de fogo.
Por um momento ainda os risos
das crianças, as blusas e as camisas
coloriram os assentos azuis.
Depois, as almas iriam partir
no sono, filtrar a luz dos sonhos,
iriam acordar para a forma
incandescente do sol,
voavam
sob olhos da noite mas para milhões
de outros olhos de prata
no território de morte e água.
3 comments:
Feliz captar de um momento trágico.
Os risos das crianças, as cores, os sons, a promessa de um dormir e um acordar, e o silêncio da noite. Uma câmara escondida captou o interior da cabina e dos corações, os milhões de corações dos que têm olhos de prata, cinzentos, que choram (a prata é cinzenta, as águas do oceano também). Um choro de metal precioso.
Fica o mistério do voo, no escuro olhar da noite, lá no grande radar do céu. Como misterioso foi o fim do voo.
Voo em direcção cá abaixo, onde há abismos, corações, território.
Prezado J.T. Parreira,
Muito honrado, já estou colocando seu link no Genizah, além de segui-lo.
Seu confrade em Cristo,
Danilo
Só mesmo a poesia para amenizar, ainda que em pouco, esta tragédia.
Belo poema. Repliquei no blog Cidadania Evangélica - http://cidadaniaevangelica.blogspot.com
Deus lhe abençoe meu irmão.
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