Friday, July 16, 2010

"Justice and Pentecostals!" (Os Pentecostais e a Justiça!).


A Associação de Teólogos Pentecostais na Europa (EPTA) fez uma importante declaração no passado dia 9 de Julho, no final da conferência "Justice and Pentecostals!" (Os Pentecostais e a Justiça!).

A conferência teve lugar no Mattersey Hall College and Graduate School, em Inglaterra, e o orador principal foi o reverendo Joel Edwards, teólogo pentecostal e o actual Director Internacional do Desafio MIQUEIAS.
A Declaração de Mattersey representa um forte apoio do movimento pentecostal à campanha internacional do Desafio MIQUEIAS depois do comunicado da Aliança Evangélica Mundial a encorajar cristãos de todo o mundo a participar no maior movimento de oração da história da igreja, com uma estimativa de 100 milhões de cristãos a orar pelos pobres no dia 10 de Outubro de 2010.

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Declaração de Mattersey
Concordamos que nossa herança como pentecostais demonstra uma profunda preocupação pelas obras de misericórdia, justiça e compaixão pelos pobres e que o Evangelho completo que temos historicamente proclamado aborda toda a gama de necessidades humanas, seja espiritual, física ou social.
No entanto, reconhecemos que redescobrimos tardiamente as implicações do que isso significa em termos da nossa missão holística no mundo.

Perspectivas históricas
Embora os trabalhos de compaixão tenham representado uma parte vital das actividades do movimento Pentecostal, historicamente, não temos feito a melhor abordagem das questões da justiça para os oprimidos e raramente temos defendido a causa dos marginalizados, além de dar-lhes socorro e assistência imediata. Nós somos incentivados pela leitura do início da história Pentecostal para abraçar a missão global da Igreja, na qual a evangelização e obras de justiça são indissociáveis.

Fundamentos Bíblicos
Reconhecemos que a Bíblia nos mostra que Deus se preocupa com o bem-estar da humanidade e que colocou sobre o seu povo a responsabilidade de agir com justiça, amar a misericórdia, e andar humildemente com Deus (Miquéias 6:8). Além disso, vemos que Deus nos obriga a defender a causa em nome daqueles que não têm voz e a "defender os direitos dos pobres e necessitados" (Provérbios 31:8 9). Vemos a expressão suprema desta preocupação de Deus na proclamação de Jesus no início de seu ministério, quando ele declarou: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou a proclamar a liberdade aos cativos e restauração da vista aos cegos, libertar os oprimidos, a proclamar o ano da graça de Deus. "(Lc 4,18-19).
A igreja primitiva continua essa preocupação quando responde à chamada para cuidar dos pobres (Gl 2:10, 6:10), das viúvas (Atos 6:01 ss.) dos órfãos (Tiago1:27).

Considerações Teológicas
É da própria natureza de Deus ser compassivo e justo. Portanto, como seres humanos criados à semelhança de Deus, também temos a capacidade de mostrar misericórdia e defender a causa dos desfavorecidos. Na vida de Jesus, esta atitude é exemplificada na sua missão para com os pobres, os doentes, os abandonados e marginalizados de sua época. O Espírito Santo capacita a Igreja para realizar esta comissão em palavras e actos, transformando pessoas e comunidades a viver com a visão do indivisível Reino de Deus e a não se conformar com os padrões deste mundo.


(ver Aqui)

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