Papéis com apontamentos de um percurso de cinquenta anos de pensamento evangélico, desde 1964. Este Blog não respeita o Acordo Ortográfico
Friday, July 20, 2007
«Messiah Game», a nova provocação
Tinta e cinco anos depois do musical Jesus Christ Superstar ter chocado a moral e as consciências, vivemos um momento tão intenso no que concerne ao pós-modernismo, e às formas e conteúdos que utiliza, que pouca coisa lhe escapa dentro das áreas da vida contemporânea. Como o ballet, por exemplo, que é por princípio uma forma cultural e artística de natureza romântica.
Com efeito, em toda a Europa fala-se hoje de um espectáculo blasfemo que, após triunfar na Itália ( na Bienal de Dança de Veneza), parece que chegará à Península Ibérica, designadamente a Espanha e à capital Madrid.
Nos passados dias 27 e 28 de Junho, em Veneza, foi a estreia mundial dessa peça balética de conceito e coreografia originais que a crítica considerou ao nível do seu criador, o coreógrafo Félix Ruckert, como radical e iconoclasta.
Como se costuma dizer agora nos meios comunicacionais, esse ballet moderno teve «boa imprensa» - alguns jornais europeus de referência escreveram bem da referida dança e da sua coreografia, sublinhando sempre o seu conteúdo como «subversivo e excitante», «pura sedução dos sentidos», mas também referindo tratar-se de um produto cultural «irritante e ofensivo».
Embora a peça não pretenda questionar os mistérios da fé nem propor uma nova exegese das Sagradas Escrituras, faz uso de dogmas pertencentes ao cerne da Cultura Cristã Ocidental. A peça propõe, de facto, através de uma «mulher-messias», interpretações de cinco cenas centrais do Novo Testamento: o baptismo, a tentação, a Última Ceia, a Crucificação e a Ressurreição de Cristo.
O seu criador e encenador procurou subverter os códigos religiosos da sociedade e ainda dos seus valores, que uns chamam tabus preconceituosos e outros fundamentos do sagrado imanentes ao homem.
(Ler na íntegra no Portal Evangélico da AEP)
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