Tuesday, December 31, 2013

O FILHO MORTO



Ninguém sabe como os olhos
Do Pai penosamente
Fugiam pela Casa
A esperar o Filho morto, esperar assim
Com o Amor em sangue
A tempestade no Céu, a voar no cântico dos anjos
Os prantos cheios das dores do Filho
E o Pai com mão imponderável
Aparta da cruz os seus olhos de silêncio
E da palidez do Filho
E espera que a Aurora se levante e traga o dia
O terceiro dia verdadeiro.

31-12-2013
©
 



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